quarta-feira, maio 6

Eyes on the Prize

If winning isn't everything, why do they keep score?
Vince Lombardi (1913 - 1970)

Não que fosse o objectivo. Não que se estivesse à espera. Não que seja sequer importante.
Mas porra!, (permita-se, por esta vez, uma interjeição mais desabrida), sabe bem.
Se diz o povo, com a assertividade que se lhe conhece, que por detrás de um grande homem há sempre uma grande mulher, então a verdade é que neste momento a tua grande Associação tem por detrás de si 18 grandes, atléticas e, convenha-se, sensuais mulheres – e um timoneiro felizardo no meio disto.
Anda, interjeiciona-te agora tu, tão desabridamente quanto queiras: não estás a perceber nada, pois não?
Pois bem, será breve o desconforto.

Quando em meados de Outubro a Equipa Académica de Volleyball Feminino começava a assumir mais solidamente as suas deslumbrantes curvas, a realidade era transparente: a subida à primeira divisão da liga universitária, conseguida na época transacta, trazia mais problemas do que vantagens. Concorrer com os níveis de profissionalismo e de altíssima competitividade da maior parte das equipas presentes, todas elas já com vincadas rugas de experiência que só um sólido historial competitivo garante, nunca foi pêra doce.
Não obstante o enorme desafio que constituía procurar resultados robustos numa liga de campeãs, desafio maior era garantir a fidelidade aos propósitos do Projecto Desporto Académico – oferecer aos alunos da Universidade um espaço de desenvolvimento físico, social e humano, independentemente das maiores ou menores capacidades com que os Deuses do Desporto dotaram cada um.
Mesmo quando os resultados pareceram mais desanimadores, o treinador da equipa, Guilherme Costa, manteve-se leal às indicações da AEFCEE e privilegiou sempre a garantia de que nenhuma jogadora via o seu esforço diário negligenciado.
Eis pelo que, mesmo com o sacrifício de voos mais altos do ponto de vista pontual, se fez desta época uma época ganha, em que se perdeu uma classificação brilhante mas se ganhou uma equipa.
Mas hey!, interjeicionas tu, pela segunda vez e de pleno direito, não me venham com a história das vitórias morais, que já me basta a Selecção. É, de facto, um comentário perspicaz.
Mas a verdade é que, não fosse isto o bastante, e também a bola de resultados começou a ficar do lado de lá da rede…

É que a tua Equipa Académica de Volley está absolutamente imparável rumo à conquista do troféu de encerramento da temporada – a Taça Universitária de Volleyball. E quando dizemos imparável, é chetaah-imparável, e locomotiva-imparável, e Obama-imparável.
Depois de recambiarem a Universidade Nova para a Caparica com 3-0 no saco, de se passearem nos Oitavos com retumbantes 3-1 e enviesarem a Faculdade de Direito à esquerda, e de, num jogo/thriller impróprio para cardíacos deixarem a equipa de Medicina ligada às máquinas com expressivos 3-2, a verdade é que as meninas bonitas do desporto universitário lisboeta estão nas Meias-Finais da Competição. Percebes agora?
Trocando por miúdas, dê por onde der, a Católica acaba a temporada com uma das 4 melhores equipas do Volley Feminino. E eis pelo que parabéns sabe a pouco enquanto palavra.
Mas, de repente, parece que já nem isto basta.
O cheiro do ouro deve ser altamente viciante, porque pôs uma Universidade inteira a salivar com o topo do pódio.
Elas têm o dom, o jeito e a garra. Só lhes falta a força de uma academia em manchete a empurrar as bolas para o lado certo.
O teu apoio faz mais sentido do que nunca.
Elas já provaram tudo o que tinham a provar. Agora é a tua vez.
Fica atento, vais ser convocado.
Vem fazer parte desta vitória.

Orgulhosamente nós,
A tua Associação
AEFCEE

Eyes on the Prize

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